Palavra
de Ordem: Sustentabilidade
Sabemos
que somos a resultante de nossas escolhas, individuais e coletivas.
Bate
a nossa porta o mega evento que coloca na ordem dia o futuro do planeta, pensar
sobre mundo que desejamos para nós e as futuras gerações. Iniciativa louvável e
necessária. A Rio+20 é o assunto que toma as esquinas, a intelectualidade, os
estudantes, os políticos, enfim toda gente, cônscios ou não do que
acontece.
Tudo
em exagero é prejudicial a qualquer termo, com o planeta não seria diferente.
Hoje mais do que nunca sabemos que os recursos vitais são finitos e temos
levado o planeta à exaustão. Das ações mínimas às complexas.
Algumas
mudanças estão sendo tomadas, uma nova consciência parece despertar no senso
comum coletivo, no entanto, perto dos prejuízos que sofre o planeta, precisamos
acelerar este processo. A Rio+20 sem dúvida será um grande palco para
essas discussões, porém parece-me que ainda falta algo a mais. Não se muda o
coletivo sem o individual.
Como
disse em entrevista ao jornal O Globo, a ex- ministra Marina Silva, “o
desenvolvimento sustentável não é uma maneira de fazer e sim de ser”. Concordo
plenamente e acrescento que este ‘ser’ engloba atitudes que envolvem a todos. É
preciso agir em conjunto, é hora de unir o pensamento às práticas políticas,
culturais, sociais, de toda ordem em prol de um único sentido: cuidar do
planeta. Isso inclui um novo modo de viver, a partir desta consciência que
ora se tenta despertar. Esta é uma medida que envolve a todos nós,
independente de idade, sexo, ou classe social, nos iguala, tal como somos:
humanos.
A
exemplo de eventos anteriores como a Eco-92, tratou-se muito e realizou-se o
oposto. Inquieta-me esta possibilidade outra vez. A Rio+20 talvez seja a nossa
chance de sobrevivência concreta, partindo para a mudança, a transformação, a
ação.
Há
noticias do documento final do encontro chegar a seis capítulos, porém
adornados de mais de 835 colchetes que significam pontos em aberto, sem
conclusão, em pendência.
O
planeta nos dá sinais sistematicamente, não vê quem não quer, alias está
gritando: a estimativa de aumento da temperatura será de até 6 graus Celsius em
média ao final deste século. Que efeitos desastrosos, que preço alto!
É
dever de cada um fazer sua parte, não se pode mais recuar, nem se ter a omissão
por opção. Neste ponto a mídia tem um papel importante, entrar em campo
ajudando a disseminar a informação, clarear para todos, sem distinção. Pensar
sobre o assunto é com certeza fundamental, mas informar acessivelmente é urgente.
A
seara é de todos. É preciso agir rápido, se queremos prosseguir a
deliciosa e fascinante aventura de viver.
Rogéria
Gomes é jornalista e escritora
grandesdamas@hotmail.com
www.infoconews.com.br
8 comentários:
Texto excelente, Rogéria. Um grito de alerta, num momento em que não devemos mais calar, expresso de modo harmônico com a consciência de todos aqueles que amam a vida. Espero que alcance cada canto do planeta. Abraços.
Maravilha de texto Rogéria, e como você diz, em parte do texto, a Rio + 20 tinha compromisso com o futuro do planeta. Hoje foi o encerramento, mais pouco se andou para frente, nenhum compromisso importante foi assinado. A conscientização do problema foi muito bem escrita por você. Continue brindando e blindando também, a gente com matérias de tão grande importância para toda população mundial! beijo do Paulo.
(Comentário do jornalista Paulo Roberto de Oliveira)
Rogeria, sabias suas palavras, muito me assusta, falam demasiadamente e efetivamente nada se põe em pratica.
O preço que estamos pagando e o preço que as próximas gerações vão pagar e alto demais. Façamos a nossa parte sen esperar por atitudes governamentais. Pequenas atitudes devemos ter e elas se tornarão grandes. Sabias as palavras de Mahatman Gandhi. " Voce deve ser a própria mudança que deseja ver no mundo". E llá no fundo acredito nas palavras do Chico " Não podemos fazer um novo começo, mas podemos fazer um novo fim."
ROGÉRIA, NÃO APENAS LI COMO ARQUIVEI O TEXTO EM LITERATURA BRASILEIRA
PARABÉNS. ABRAÇO. MARINALVA
Ok, Rogéria,agora consegui abrir. Parabéns pelo artigo. Beijos, Katia
Amiga, adorei seu texto!! Conciso e enriquecedor como sempre. Bjs. Valeria Barbosa
Parabéns, amiga. Gostei muito. Fernando Domingues
Rogéria, texto claro, conciso e muito objetivo. Parabéns! As palavras do Jornalista Paulo Roberto de Oliveira (falam demasiadamente e efetivamente nada se faz...). Pero Vaz de Caminha, no final do séc. XV já dizia: ...Em se plantando tudo dá! (quando se referia à qualidade das terras brasileiras). Esta é uma lei natural, pois não há como semear milho, e colher feijão; não há como semear ódio, e colher amor; não há como semear a Rio+20 (se efetivamente não fizermos nada), e colhermos um planeta em plena sustentabilidade... Precisamos nos reconhecer como participantes do ambiente... Se o ferirmos ele nos devolve na mesma proporção. O paradigma da sociedade em que vivemos, exige a substituição imediata por um modelo mais novo, sem preocupação com o descarte. O objetivo da Indústria e do Comércio é simplesmente fabricar e vender.
Com relação ao Planeta Terra, gostaríamos de citar as palavras do grande Paulo de Tarso, escritas no maior Best Seller dos países ocidentais que diz: “Tudo o que o homem semear, isto também ceifará”. Se os governantes nada fizerem em termos de conscientização e em termos práticos; colheremos mais tarde o resultado do uso irresponsável dos recursos planetários.
Bjs, Lucimar Silva
05 de julho de 2012.
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