“Hoje afirmamos que, além de
confirmar nossa análise, ocorreram retrocessos significativos em relação aos
direitos humanos já reconhecidos. A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas
soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global",
diz um trecho da declaração.
À medida que essa crise se aprofunda,
mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a democracia e a
natureza, sequestrando os bens comuns da humanidade para salvar o sistema
econômico-financeiro” –
a
meu ver, representam a má vontade do capitalismo selvagem em preservar o meio
ambiente, isto porque o preço é alto demais para o cancerígeno poder econômico
tão destruidor quanto a bomba nuclear, que nada mais é do que a prepotência
desmedida dos que se acham donos do mundo. Há uma certeza: serão carcomidos
pela terra como um excluído qualquer. Mas é opção, o que comprova Rogéria Gomes
em seu artigo “Palavras de Ordem: Sustentabilidade”, tão oportuno para uma
reflexão profunda sobre o que será da Humanidade daqui a poucos anos, pois com
o desmatamento exacerbado, com a velocidade com que os países que se crêem “proprietários do Planeta Terra” estão construindo as
“apavorantes bombas atômicas” num intuito de amedrontar outros mais ou menos
poderosos que eles, resultará em uma destruição da qual não sobrará viva alma
para contar a história, tendo em vista que restarão apenas os seres inanimados.
É triste termos chegado no século XXI com uma minoria humana tão poderosa, tão
sedenta de poder e fama, a ponto de provocar a destruição total da espécie para
não reduzir a desenfreada carreira pelo ouro. E nós, tristes mortais, que
escolhemos os dirigentes para guiarem a nação e estes repetem a atitude de
Pôncio Pilatos, lavando as mãos, ficando sobre muros e pagando para ver “a
banda passar”.
João
Pessoa, 27 de junho de 2012.
Marinalva
Freire da Silva. Professora universitária, delegada de defesa dos direitos da pessoa
humana, escritora e membro da UBE-PB - Paraíba.
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