21 de junho de 2012

Rogéria Gomes fala




Palavra de Ordem: Sustentabilidade

Sabemos que somos a resultante de nossas escolhas, individuais e coletivas.
Bate a nossa porta o mega evento que coloca na ordem dia o futuro do planeta, pensar sobre mundo que desejamos para nós e as futuras gerações. Iniciativa louvável e necessária. A Rio+20 é o assunto que toma as esquinas, a intelectualidade, os estudantes, os políticos, enfim toda gente, cônscios ou não do que acontece.
Tudo em exagero é prejudicial a qualquer termo, com o planeta não seria diferente. Hoje mais do que nunca sabemos que os recursos vitais são finitos e temos levado o planeta à exaustão. Das ações mínimas às complexas.
Algumas mudanças estão sendo tomadas, uma nova consciência parece despertar no senso comum coletivo, no entanto, perto dos prejuízos que sofre o planeta, precisamos acelerar este processo.  A Rio+20 sem dúvida será um grande palco para essas discussões, porém parece-me que ainda falta algo a mais. Não se muda o coletivo sem o individual.
Como disse em entrevista ao jornal O Globo, a ex- ministra Marina Silva, “o desenvolvimento sustentável não é uma maneira de fazer e sim de ser”. Concordo plenamente e acrescento que este ‘ser’ engloba atitudes que envolvem a todos. É preciso agir em conjunto, é hora de unir o pensamento às práticas políticas, culturais, sociais, de toda ordem em prol de um único sentido: cuidar do planeta. Isso inclui um novo modo de viver, a partir desta consciência que ora se tenta despertar. Esta é uma medida que envolve a todos nós, independente de idade, sexo, ou classe social, nos iguala, tal como somos: humanos.
A exemplo de eventos anteriores como a Eco-92, tratou-se muito e realizou-se o oposto. Inquieta-me esta possibilidade outra vez. A Rio+20 talvez seja a nossa chance de sobrevivência concreta, partindo para a mudança, a transformação, a ação.
Há noticias do documento final do encontro chegar a seis capítulos, porém adornados de mais de 835 colchetes que significam pontos em aberto, sem conclusão, em pendência.
O planeta nos dá sinais sistematicamente, não vê quem não quer, alias está gritando: a estimativa de aumento da temperatura será de até 6 graus Celsius em média ao final deste século. Que efeitos desastrosos, que preço alto!
É dever de cada um fazer sua parte, não se pode mais recuar, nem se ter a omissão por opção. Neste ponto a mídia tem um papel importante, entrar em campo ajudando a disseminar a informação, clarear para todos, sem distinção. Pensar sobre o assunto é com certeza fundamental, mas informar acessivelmente é urgente.
A seara é de todos. É preciso agir rápido, se queremos prosseguir a deliciosa e fascinante aventura de viver.

Rogéria Gomes é jornalista e escritora
grandesdamas@hotmail.com
www.infoconews.com.br

8 comentários:

Morgana Gazel disse...

Texto excelente, Rogéria. Um grito de alerta, num momento em que não devemos mais calar, expresso de modo harmônico com a consciência de todos aqueles que amam a vida. Espero que alcance cada canto do planeta. Abraços.

Anônimo disse...

Maravilha de texto Rogéria, e como você diz, em parte do texto, a Rio + 20 tinha compromisso com o futuro do planeta. Hoje foi o encerramento, mais pouco se andou para frente, nenhum compromisso importante foi assinado. A conscientização do problema foi muito bem escrita por você. Continue brindando e blindando também, a gente com matérias de tão grande importância para toda população mundial! beijo do Paulo.
(Comentário do jornalista Paulo Roberto de Oliveira)

Anônimo disse...

Rogeria, sabias suas palavras, muito me assusta, falam demasiadamente e efetivamente nada se põe em pratica.
O preço que estamos pagando e o preço que as próximas gerações vão pagar e alto demais. Façamos a nossa parte sen esperar por atitudes governamentais. Pequenas atitudes devemos ter e elas se tornarão grandes. Sabias as palavras de Mahatman Gandhi. " Voce deve ser a própria mudança que deseja ver no mundo". E llá no fundo acredito nas palavras do Chico " Não podemos fazer um novo começo, mas podemos fazer um novo fim."

Anônimo disse...

ROGÉRIA, NÃO APENAS LI COMO ARQUIVEI O TEXTO EM LITERATURA BRASILEIRA
PARABÉNS. ABRAÇO. MARINALVA

Anônimo disse...

Ok, Rogéria,agora consegui abrir. Parabéns pelo artigo. Beijos, Katia

Anônimo disse...

Amiga, adorei seu texto!! Conciso e enriquecedor como sempre. Bjs. Valeria Barbosa

Anônimo disse...

Parabéns, amiga. Gostei muito. Fernando Domingues

Anônimo disse...

Rogéria, texto claro, conciso e muito objetivo. Parabéns! As palavras do Jornalista Paulo Roberto de Oliveira (falam demasiadamente e efetivamente nada se faz...). Pero Vaz de Caminha, no final do séc. XV já dizia: ...Em se plantando tudo dá! (quando se referia à qualidade das terras brasileiras). Esta é uma lei natural, pois não há como semear milho, e colher feijão; não há como semear ódio, e colher amor; não há como semear a Rio+20 (se efetivamente não fizermos nada), e colhermos um planeta em plena sustentabilidade... Precisamos nos reconhecer como participantes do ambiente... Se o ferirmos ele nos devolve na mesma proporção. O paradigma da sociedade em que vivemos, exige a substituição imediata por um modelo mais novo, sem preocupação com o descarte. O objetivo da Indústria e do Comércio é simplesmente fabricar e vender.
Com relação ao Planeta Terra, gostaríamos de citar as palavras do grande Paulo de Tarso, escritas no maior Best Seller dos países ocidentais que diz: “Tudo o que o homem semear, isto também ceifará”. Se os governantes nada fizerem em termos de conscientização e em termos práticos; colheremos mais tarde o resultado do uso irresponsável dos recursos planetários.
Bjs, Lucimar Silva
05 de julho de 2012.