– Sempre achei que a senhora devia se casar, em vez de acalentar essa esperança – tia Zezé consolava-a.
Fred entrou, as duas paralisaram-se.
– O que aconteceu?
Gilda olhou-o emudecida, Fred esperou, em seu rosto via-se aflição.
– Foi um problema na escola. Não se preocupe – ela respondeu após instantes de grande tensão.
– Por que tia Zezé estava dizendo que você devia se casar?
– Porque ela acha que, se eu tivesse me casado, não dependeria da profissão – explicou com firmeza, contudo seu olhar evitou o de Fred.
– Por que tia Zezé estava dizendo que você devia se casar?
– Porque ela acha que, se eu tivesse me casado, não dependeria da profissão – explicou com firmeza, contudo seu olhar evitou o de Fred.
Um silêncio constrangedor abateu-se sobre eles. Gilda assoou num lencinho de cambraia. Fred sentou-se defronte dela sem saber o que dizer.
Tia Zezé levantou-se.
– Esperem aí que eu vou passar um café.
Fred não a escutou. Tentava compreender as imagens que se chocavam dentro dele: a mãe chorando, a mãe assustada, a mãe fingindo. A expressão das duas primeiras incomodava-o, a da fingida incomodava-o de modo diferente e muito mais. Aquela o deixava aflito, preocupado, esta o confundia e revelava que Gilda estava escondendo alguma coisa. "Eu sinto que sei o que é, mas esqueci... não completamente, ficou esse mal-estar.”
– Esperem aí que eu vou passar um café.
Fred não a escutou. Tentava compreender as imagens que se chocavam dentro dele: a mãe chorando, a mãe assustada, a mãe fingindo. A expressão das duas primeiras incomodava-o, a da fingida incomodava-o de modo diferente e muito mais. Aquela o deixava aflito, preocupado, esta o confundia e revelava que Gilda estava escondendo alguma coisa. "Eu sinto que sei o que é, mas esqueci... não completamente, ficou esse mal-estar.”
Nota: Trecho do romance Enseada do Segredo.
Um comentário:
Olá, tudo bem, ficamos felizes com sua visita e por vc ter encontrado no nosso blog um artigo interessante para o seu terceiro romance. Adoramos ter vindo aqui. Apareça sempre que puder.
Grande abraço.
Mary e Binho
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